sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E o mundo não acabou... por enquanto...

O assunto está tão quente que não poderia deixar de dissertar sobre ele.
Não acho que o mundo vai acabar por si só, sozinho, uma onda gigante, uma explosão, acho que quem vai acabar com o mundo é a própria humanidade. O consumismo desenfreado, as pessoas compram, compram, compram realmente como se não houvesse o amanhã, tudo é descartável, e quando algo é jogado fora a matéria prima que foi utilizada para sua produção também é jogada fora, e estamos falando dos recursos naturais, básicos para a existência humana. Cada dia mais armas são produzidas pelas potências mundiais, armas químicas, biológicas, certos países estão prontos para destruir um ao outro, apenas esperam uma grande merda para chamar de causa.
Não podemos ter esperança que o ser humano permaneça vivo no planeta terra se continuarmos com tanto consumismo, ódio, modismos, hipocrisia e falta de respeito com aqueles que nos acolheram, que são a natureza e os animais.
O colapso se dará não por um deus ou uma força extraordinária, nós mesmos vamos destruir aquilo que demorou milhares de anos para ser construído.
Enquanto isso não acontece, que tal começarmos por nós mesmos a mudança? Você realmente precisa colecionar eletrônicos? Você realmente precisa renovar todo seu armário quando chega a próxima estação? Você realmente precisa sair de carro para ir até o supermercado da esquina? Vale a pena refletir, e quem sabe tentar fazer um 2013 um pouquinho melhor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu odeio natal e reveillon

Odeio. Nenhuma palavra descreve melhor. Odeio o velho gordo vestido com botas e casaco de peles nesse calor de 30ºC. Odeio as propagandas de calçinha com todos os seus significados para a tal virada de ano. Odeio essa coisa de que todos devem ser felizes, solidários. Parece que temos a obrigação de sermos felizes nessa época, temos a obrigação de estarmos em família e entre amigos. Parece que temos obrigação de fazer festa e banquete, beber muito e desejar coisas boas até para aquele chato que você não suporta. Parece que temos obrigação de presentear a todos, mesmo que esse dinheiro gasto faça falta depois ou você deixe de realizar algum desejo pessoal por conta disso. Pior ainda, parece que você tem a obrigação de passar a tal "virada" na praia, beira mar, pulando ondinhas, mesmo que para isso você tenha que fazer uma dívida que vai durar até Julho do ano que está chegando.
HIPOCRISIA. Nenhuma palavra define melhor essa época. A pessoa passa o ano inteiro brigando com a família, mal olha na cara de alguns, não lembra nem de desejar feliz aniversário para um familiar, faz fofoca, faz intriga, esquece ou finge que não vê os mais necessitados que estão ao seu redor, faz de tudo para prejudicar o próximo em troca de benefícios para si mesmo ou apenas pelo prazer de ver o outro mal, entre tantos outros fatos do cotidiano que eu sei e você sabe que acontecem. Mas ai chega o natal, ai está tudo bem, está tudo perdoado, começa um novo ano e tudo de ruim se apaga, não importa mais o que passou ou aquilo que você fez, importa agora o que está por vir, não é mesmo?
Não, nada se apaga, o que foi feito é fato, pode ficar no passado mas não tem como mudar, tanto para coisas boas como para coisas ruins.
Um novo ano para velhos erros. Um novo ano para a velha rotina. Um novo ano para cometer as mesmas burradas.
Sei que esse texto soa egoísta mas acreditem, eu falo antes de tudo por mim mesma, não sou um super humano, cometi, cometo e vou continuar cometendo erros, porém aquilo que mais me deixa triste é a maneira como tudo isso é tratado. Com futilidade, como se fosse fácil passar uma borracha em tudo, como se um presente fosse mudar tudo....
Tenho como meta tratar todo os dias como únicos, não acredito que uma data simbólica seja o sinônimo da "virada". Cada dia é único, e ele é a única oportunidade que tenho para corrigir meus defeitos de ser humano. Quero ser solidária com o próximo o ano inteiro, quero respeitar mais o meu semelhante todos os dias do ano, quero viver com mais paz e sossego no coração desde da hora que o sol nasce até a hora de deitar a cabeça no travesseiro.
Presentes e calçinhas não significam nada para mim, muito menos uma data ou um jantar, agora, as nossas atitudes a cada dia que passa, essas sim é que fazem a diferença.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Filme: Quadrophenia

Fugindo um pouco da rotina do blog vou indicar um filme. Foge pero no mucho, pois sou amante de música de qualidade e o filme é totalmente inspirado em um álbum do The Who (...)
Bem vamos lá... Quadrophenia é um filme de 1976, baseado no álbum do The Who com o mesmo nome. O filme mostra a história de um jovem de classe média de Londres, ele faz parte do grupo dos mod's que por sua vez vivem brigando com os rockers.
Quem são os mods? Mods foi um grupo de jovens que adoravam ternos, lambrettas e vespas, eram muito ligados ao que estava na moda (por isso o termo mods), e gostavam de bandas novas da época como Yardbirds e The Kinks.
Quem são os rockers? Os rockers eram o grupo que gostavam de música americana, como Gene Vincent, Elvis, adoravam usar couro e andavam de custom (estilo Indian/Harley).
P.S: Não faço parte de nenhum desses grupos (que deixaram amantes até hoje), por isso a explicação é leiga, se algum leitor tiver algo a acrescentar/arrumar pode ficar a vontade.
Voltando ao filme, ele retrata os conflitos entre a nova geração e a geração de seus pais e avós, retrata a crise existencial de um jovem que faz parte de um grupo e acredita nos princípios daquele grupo, abrindo mão do seu dia a dia para entrar de cabeça no mundo dos mods, retrata o amor por uma jovem que não quer saber de nada sério, retrata as festas, o estilo e o comportamento da época e a rivalidade entre os dois grupos, tudo isso acompanhado de uma linda trilha sonora.
Se você gosta do passado, gosta de filmes antigos e gosta de rock, com certeza vai gostar dessa história.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Provas finais e uma reflexão

O mês de Novembro e Dezembro foram conturbados. Muitos trabalhos da faculdade para entregar, muito estudo e muita preocupação. Acabei ficando para uma prova final, de uma matéria que não tenho muita afinidade e também não gosto muito, mas isso é um detalhe. Na manhã da prova acordei cedo, tomei banho, relaxei, afinal de contas o nervosismo trava a mente, distorce seu conhecimento e só piora as coisas. No caminho para a faculdade comecei a refletir sobre o nervosismo que envolve uma prova decisiva como essa, afinal de contas agora é tudo ou nada, não haverão outras chances, aquele momento irá decidir seu futuro na faculdade, aquele momento implica entre vencer ou perder um ano inteiro de estudos que por algum motivo ou outro não foram tão bem sucedidos. Parando para pensar sobre tudo isso, me perguntei porque não temos essa mesma posição diante das outras coisas vida? Porque damos mais importância para a prova final do que o para o dia que foi apagado por não ter sido vivido? Se formos parar para pensar, todo dia é um dia decisivo, não haverão outras chances, aquele dia será único, amanhã você pode nem estar mais aqui. Não quero entrar em assuntos como a teoria do caos conhecida pelo filme "efeito borboleta", falo de coisas mais humanas, mais sentimentais, como não dizer que amamos aquela pessoa especial, o beijo não dado, o abraço que ficou apenas na vontade.
No dia a dia não nos damos conta de que cada atitude pode ser decisiva, cada palavra pode mudar até seu futuro, no dia a dia não nos damos conta de que vamos morrer.
Em uma prova você sabe bem que aquilo é decisivo, mas na vida parece que esquecemos de que cada dia também será decisivo e irreversível.
Viver os dias como se aquele fosse apenas mais um dia insignificante pode ser a receita para uma vida triste e cheia de arrependimentos, viver com consciência de que há dias melhores que os outros e com consciência de que ninguém é plenamente feliz todos os dias é como tirar um fardo de chumbo das costas. Quem sabe em 2013 não seja o ano para essa mudança?? Essa mudança tem que começar por dentro... juro que vou tentar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Férias chegando...

É hora de listar todos os livros e filmes que deixei de ver por conta dos compromissos com a tal engenharia. Hora de listar todas as feiras, restaurantes e bares que não visito durante a semana porque preciso acordar cedo no outro dia. Hora de colocar em prática as ideias malucas de customização de roupas e sapatos, a arrumação do guarda roupas, ir na costureira mandar fazer aquele vestido retrô, sair para passear com o cabelo preso, chinelo e óculos escuro. Hora de relaxar. Hora de fazer o balanço e traçar metas. Hora de melhorar o que foi bom e mais ainda aquilo que foi ruim. Hora de ficar sem fazer nada. Hora de esquecer os problemas.
Acho que todos se sentem um pouco assim no final de ano, mas encerrar um período letivo é mais simbólico, e um período letivo de engenharia eu diria que é como sair de uma guerra, as vezes vitorioso, as vezes perdedor, mas faz parte do jogo.
A preocupação com notas, trabalhos para entregar, provas para fazer, compromissos, aprender aquela matéria feladapo**....ufa! Como é bom ficar mais de 2 meses sem isso, mas lá em Janeiro já estarei sentindo saudades. O ser humano é uma incógnita mesmo, e isso que é legal.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Alguns dias são mais difíceis que os outros

Alguns dias são mais difíceis que os outros. Nesses dias todas as dores e angústias que você carrega dentro do coração parecem pesar mais. Nesses dias a saudade daqueles que já não estão nesse mundo para te fazer companhia,  para dizer que te amam, para te aconselhar e até mesmo para deixar saudade de "faz um dia que não nos vemos"... essa saudade bate, machuca, te faz imaginar como poderia ser diferente ou como seria se a pessoa  estivesse aqui... essa saudade derruba até o ser humano mais forte. Nesses dias respirar deixa de ser natural e passa a ser uma obrigação. Nesses dias a única coisa que você queria é não estar mais aqui ou estar longe, bem longe. Nesses dias nada te anima mas tudo te emociona. A foto no porta retratos da estante da sala, a música que te leva para aquele lugar no passado novamente, os lugares que estivemos juntos. Nesses dias tudo poderia acabar, mas então você recorda os sorrisos e a vontade de viver, a determinação e pensa: "porque não fui eu? porque ele?".
Tenho a impressão que nesse mundo aqueles que mais tem vontade de viver são os que vivem menos, e para aqueles que se arrastam pelos dias, anos, fincam os pés na terra, como se fosse um castigo.
Nesses dias você não entende a vida.
Esses dias passam e próximos dias virão, próximos dias que você não vai lembrar disso, dias que tudo estará em paz.
A vida é feita de dias e dias, é a única certeza que tenho agora.

sábado, 24 de novembro de 2012

Quando eu comecei a acreditar em Deus

Minha família sempre foi muito religiosa, principalmente após a morte do meu irmão, mas eu nunca me identifiquei com a igreja, nem com religião, nunca fez sentido para mim, meus questionamentos não obtinham resposta. Mesmo com essa confusão em minha cabeça, sempre acreditei em uma força maior, que nunca dei nome, apenas acreditei.
Esses tempos observando meus animais de estimação (cachorros, cavalo, hamster) e observando como eles são diferentes de nós cheguei a conclusão de que Deus existe sim.
Não encontrei nenhuma outra explicação para um ser vivo tão diferente de nós conviverem tão bem, nos trazendo alegria, nos trazendo paz, nos fazendo sentirmos bem. Como pode?? Um animal cheio de instintos, que podem ser independentes na natureza, se aproximando do ser humano, que é um ser tão contraditório, um ser nada nobre, alguma coisa tem.
Os animais são diferentes de nós não apenas fisicamente, os animais tem mais espiritualidade que os seres humanos, são milhões de vezes melhores que nós, e nem vamos comentar a presença da maldade, que nos animais é zero.
O ser humano é RACIONAL (dizem os especialistas), deveríamos na teoria sermos superiores, na bondade, no respeito, na humildade, mas resolvemos usar toda nossa racionalidade com coisas inúteis ou tentando prejudicar outro ser humano (quando não machucamos seres de outras espécies).
Os animais são IRRACIONAIS, agem por instinto. Nenhum animal mata outro por maldade (como nós fazemos), fazem isso porque precisam se alimentar ou se sentem ameaçados, o que é absolutamente normal para seres ditos irracionais. Nenhum animal prejudica o outro para ver o outro em uma pior. O grande exemplo são nossos animais de estimação, sempre nos amando, sempre nos dando carinho, sempre fiéis.
O que isso tem a ver com Deus? você me pergunta, acredito que não merecemos a convivência com esses bichinhos, mas mesmo assim eles estão aqui, e esses bichinhos só podem ter o amor de Deus em seu coração. Não vejo no ser humano nada de nobre que justifique essa fidelidade.
Passei a desacreditar no ser humano quando comecei a conviver com os animais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A morte (quando a definição do outro define você)

Tenho lá minhas mágoas com a banda W.A.S.P, depois do show que eles deixaram de fazer aqui na cidade por motivos até hoje obscuros, fiquei magoada, pode ter sido um erro do produtor mas eles não tiveram a dignidade de publicar uma notinha que seja em seu site/facebook/twitter se explicando ou justificando.
Voltando ao título, lí um texto do Lawless em que ele descreve seus sentimentos em relação a morte do seu irmão, e me emocionei. É exatamente o que eu sinto e como as pessoas envolvidas se sentem. Segue um trecho:


"Nós estávamos tocando em Tillburg (Países Baixos) noite passada (02 de outubro) e eu recebi um telefonema de minha irmã Brenda, por volta das 18 horas, me informando que nosso irmão falecera. Quando nós olhamos a morte, nós a tomamos com mais um estágio da vida. A morte de um parente é a morte de nosso passado. A morte de uma esposa ou de um amigo é a morte do presente. A morte de um filho é a morte do futuro, na qual o futuro dos filhos nunca mais acontecerá. A morte de meu irmão representa tanto o passado e quanto o presente para mim. Parte de minha infância faleceu, assim como um pedaço do presente para mim. Ele foi meu mentor nos meus primeiros dias. Muitos dos conselhos que ele me deixou eu uso até hoje. Quando criança, eu o admirava mais do que ele podia imaginar. Fazer o show da noite foi uma das tarefas mais dolorosas da minha vida (...) Eu sendo o irmão mais novo, era natural enxergar meu irmão mais velho como meu herói. Enquanto escritor, eu tentei compartilhar a mim mesmo com todos vocês. Mesmo os detalhes íntimos de minha vida foram dados a vocês, para que vocês pudessem entender quem eu sou e enxergassem bem o homem por trás das letras (...)Eu escrevo agora para dizer, se existem pessoas em suas vidas que vocês precisam dizer que as amam... não as deixe esperando."
Em memória de Clifford L. Duren.

Fica o conselho!



Fonte: W.A.S.P.: "a morte de um parente é a morte do passado". http://whiplash.net/materias/biografias/167415-wasp.html#ixzz2C2pRq5LP

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Trem da Vida

Linda mensagem que um amigo postou no facebook e gostaria de compartilhar. Ótimo final de semana a todos! 

O Trem da Vida
Um amigo falou-me de um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.
Uma comparação extremamente interessante,quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível....mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão essa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles....só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada
desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades....
acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram..... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranquila, que tenha valido à pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Meu querido.... Hamster *_*

Lembro como se fosse hoje, quando era criança, no auge do meus 7 anos, vi uma reportagem na TV sobre "a nova febre do momento", e essa tal febre na verdade era o tal do hamster. Lembro bem a repórter mostrando as crianças levando as gaiolas cheias de brinquedos para passear, algumas gaiolas até pareciam carrinhos de bebes, as crianças puxavam com uma alça... Me apaixonei pelo bichinho, pedi para minha mãe, mas ela não queria ter, afinal eu não teria responsabilidade para cuidar do animalsinho, e ela não teria tempo para cuidar. Pedi para meu irmão, e ele jurou que iria até a capital do estado para comprar um hamster para mim.... Esperei ansiosamente durante meses, mas o hamster nunca veio.
O tempo passou e eu esqueci, mas quando via nas clinicas veterinárias uma ninhada ficava morrendo de vontade de comprar, mas sempre ouvi muito preconceito de algumas pessoas, que contavam como foi terrível sua experiência, "ele morde!!", "ele fede!!", "ele foge!!" e milhões de absurdos!
Fato é, que agora, adulta, responsável, com dinheiro para as despesas do bichinho, lembrei dessa velha vontade que tinha e após analisar MUITO comprei minha mais nova paixão.
E hoje percebo o tamanho das bobagens que por algum tempo me fizeram acreditar. Ele não fede! Ele não precisa de banho, faz sua própria higiene, na gaiola ele tem o cantinho do xixi, e nesse cantinho você troca a forração da gaiola, assim não é preciso trocar toda a forração todos os dias. Ele não morde!! Hamsters são super dóceis mas é LÓGICO se você o apertar e ele sentir dor ou medo ele vai fazer isso, ele é um animal, lembre-se sempre que o racional é você, ele age por instinto!E ele não foge, basta ter cuidado quando for abrir a gaiola e também quando for brincar com ele, nunca deixe ele solto sozinho por ai.
Esse ano já realizei algumas vontades antigas minhas, e tenho isso como meta, porque passar vontade não é mesmo? A tal da obrigação em ter um animal de estimação se torna um grande prazer quando você gosta daquilo que te faz bem.
Realize seus desejos!! A sensação é incrível!!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O mundo dos discos de vinil


Desde pequena sempre fui encantada com os tais discos de vinil, não entendia direito como funcionava, mas achava interessante as capas e o formato bolachão. Mais tarde, lá pelos 12 anos, quando comecei a gostar de rock e levantar essa bandeira, sonhava em ter um aparelho para poder comprar bons discos. Música para mim é hobby, quando preciso relaxar, quando preciso pensar sobre alguma coisa, quando quero me divertir ou apenas passar tempo, se eu fosse contar as horas que passo ouvindo música, nem que seja no rádio do carro a caminho para faculdade/trabalho, bem, se fosse contar essas horas, seriam muitas horas. Quando adolescente ouvia muito mais, hoje por não ter muito tempo livre acabo ficando sem ouvir aquelas músicas legais por algumas semanas, mas quando volto a ouvir a sensação é como se tivesse ouvindo pela primeira vez.
O tempo foi passando, sempre procurei por aparelhos, mas tinha medo, muito caros, muito velhos (...) Até que me deparei na FNAC com aparelhos super lindos e novos, o valor é alto, mas seria um investimento perfeito, porque além de tocar discos ainda é uma peça decorativa e tanto. Gastando dinheiro aqui ou ali, com coisas que nem precisava, o tempo foi passando, e é incrível como perdemos tempo e dinheiro com coisas que não são uteis, resolvi guardar dinheiro para gastar com algo para mim. Quando retornei a loja e vi uma bela promoção não resisti, voltei lá para comprar e hoje sou uma feliz proprietária de um toca discos.
Entrei de corpo e alma no mundo dos LP's, já fui garimpar em sebos, e acho até um absurdo, discos de qualidade sendo vendidos por R$ 3,00 ou R$ 5,00, gosto do preço para comprar é claro, sou consumista nesse ponto, mas o baixo valor é o sinal da desvalorização da cultura, obras de arte praticamente sendo doadas. Quando vi um disco de John Denver por exemplo, por R$ 3,00 e vejo cd's de músicas sem qualidade alguma sendo vendidos por R$ 40,00 me pergunto o que está acontecendo com nossas gerações. Aos poucos vou montando minha coleção, o legal é que não tenho o compromisso de conhecer o disco que estou comprando, posso comprar discos baratos para conhecer novas músicas, sem estar cometendo crime por baixar músicas da internet. Discos raros custam caro, mas esses eu conheço, valem a pena ser adquiridos, mas por hora, quero conhecer músicas e artistas novos.
Ainda não falei do charme que é ouvir um disco, tirar as proteções plásticas, olhar cada detalhe do encarte, limpar o disco para remover as impurezas (principalmente o pó, que estraga o disco e a agulha), selecionar a rotação, baixar a agulha, aquele ruído ao fundo.... Demorei para realizar esse sonho, mas agora que realizei, me tornei bem mais feliz, e a lição que fica é: nunca engavetar seus sonhos, porque um dia você pode realizar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A ditadura do salto alto

Até tentei seguir esse padrão, tentei em várias ocasiões usar saltos, tenho alguns pares que comprei e nunca usei, simplesmente não me sinto confortável.
Essa minha mania de manter sempre os pés no chão...
Quando falo para as outras mulheres que não gosto de salto, vejo olhares de espanto sendo lançados contra mim. Como se andar de salto fosse regra, fosse obrigação de uma mulher.
Todas essas desculpinhas de que o salto levanta a bunda, deixa a postura mais bonita, deixa o visual mais chique.... todas essas conversinhas não foram o suficiente para me convencer de usar o bendito salto. Não quero levantar minha bunda, não quero machucar meus pés, não quero me privar de dançar, pular, andar confortavelmente por conta de um SAPATO.
Adoro sapato, mas comprar sapato se tornou um ritual, prefiro analisar se realmente vou usar aquilo. Não nego que temos sapatos maravilhosos com super saltos, mas eu me pergunto: para que?
Não me sinto mais mulher, não me sinto poderosa, e dispenso sempre que posso. Sou adepta das lindas sapatilhas (e cada vez mais temos modelos maravilhosos delas no mercado), sou adepta do tênis, sou adepta do conforto. E quando não posso me livrar do salto, uso os saltos da marca Moleca, que de tão confortáveis nem sinto que estou alguns centímetros mais alta.
Sou contra padrões, odeio que me digam que tenho que usar isso ou aquilo, não julgo você que ama salto, mas use porque você realmente gosta e não porque te fizeram acreditar de que aquilo é o melhor para você.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A gente se acostuma...


Excelente reflexão sobre nossa maravilhosa, porém triste, vida moderna...

Eu sei, mas não devia" de Marina Colasanti recitado por Antônio Abujamra no Provocações:

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não sei, não quero aprender

Tenho vivido uma fase de revolta. Não comigo, mas sim com os outros. Não todos, apenas alguns. Aqueles "alguns" que querem um barranco para se encostar.
Me refiro a faculdade, mas isso ocorre no trabalho e porque não na vida. Todos querem seu diploma, seu salário no final do mês, mas uma parte dessas pessoas, além de querer isso, querem alguém que faça o trabalho por eles.
Usando da justificativa "não sei fazer", simplesmente não fazem, e querem que você faça por eles. Quando seu rabo não está a prova, tudo bem, mas infelizmente, seu rabinho inteligente está a prova, e lá vai você ter que fazer o trabalho que os outros deveriam ter feito.
É palhaçada, é brincadeira, fazem e não tem vergonha de fazer!
Não saber não é justificativa, odeio me amparar nesse argumento, me sinto impotente, ignorante e burra. Tudo que quero eu posso aprender, se eu posso aprender, porque eles não?
Abram os olhos, hoje alguém faz a sua parte, mas e amanhã, quando não tiver ninguém para fazer?? Vai dar jeitinho??

Desabafo.

Sexta Feira, libertadora de paradigmas

"a alegria de sexta. é uma alegria simples e que te deixa tão bem. sexta feira não te dá dinheiro, não paga suas dívidas, não limpa sua casa, mas ela te proporciona a melhor das sensações, poder dormir a hora que quiser e acordar no dia seguinte sem o maldito relógio. beijo sexta, você é linda, mas depois das 18hs vc é maravilhosa."

Denise Lopes, via facebook.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dúvidas

O ser humano é falso e egoísta por natureza. O ser humano é capaz de mentir e persuadir, apenas para conquistar o seu objetivo. O grande problema é quando isso envolve sentimentos, e porque não, uma vida.
Já sofri com falsidade e mentira, já fui enganada, já acreditei e me senti uma idiota depois que descobri que fui enganada... Hoje tenho dificuldade em acreditar novamente nas pessoas. Penso, penso demais. Me arrepia a ideia de passar anos ao lado de alguém e depois descobrir que fui enganada. Em outros tempos, a vida me dava sinais de que algo estava errado, mas eu era cega, e hoje tenho medo de enxergar sinais onde não existe nada.
Várias músicas e vários poemas entoam que o passado já passou, e que deve ficar para trás, até pode ser, mas como diria o velho ditado: "Cachorro que foi mordido por cobra, tem medo até de linguiça."
É uma pena. É uma pena pessoas legais pagarem por pessoas mau caráter.
Estou confusa. Posso estar colocando os pés pelas mãos. Jogando minha felicidade pela janela. Quem vai pagar pelo preço da dúvida?
Deixo como reflexão a música dos engenheiros do Hawaii: Infinita highway.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Falta de educação me deixa nervosa

Os piores momentos do dia são aqueles que sento atrás do volante para chegar ao destino da rotina. Como moro em região metropolitana, utilizo uma rodovia federal para me deslocar todos os dias até a capital do Estado. Existem dias que são um mar de tranquilidade, não porque o trânsito está tranquilo, mas porque eu estou tranquila, mas existem dias que é impossível manter a calma.
A falta de consciência e responsabilidade das pessoas beira o abismo da loucura. Todos tem seus horários para cumprir, todos tem seus problemas, mas não é atrás do volante que você vai resolve-los.
Vejo algumas atitudes e penso: "meu deus, porque fazer isso?"
Cortar filas, andar pelo acostamento, pasmem, ultrapassar pelo acostamento, sentar na faixa da esquerda a 60 Km/h e simplesmente esquecer que existe todo um fluxo para fluir atrás de você, falta de respeito, falta de atenção, falta de EDUCAÇÃO.
Todos temos nossos dias ruins, mas devemos pensar que no trânsito qualquer descuido pode custar a sua vida e a vida dos outros. Atrás do volante você não se torna um super herói, você não "pode tudo".
Antes de sair por ai feito maluco, pense na sua família que está em casa esperando a sua volta, pense em todas as coisas que você ainda deseja fazer e todos os momentos bons que viveu, e coloque na balança. São justamente nesses dias ruins, em que a raiva, a falta de paciência e falta de gentileza, sobem ao cérebro e coisas ruins acontecem.
Utilize bem seu meio de transporte, e tente não deixar o stress acabar com a única coisa que lhe pertence: Sua Vida! Pense também na família do ser humano ao lado, que também espera por ele.
Quando vejo algo ruim, respiro fundo, tento me concentrar na boa música que toca no rádio do carro, e desejo, profundamente, que aquela pessoa não seja vítima da sua irresponsabilidade e PRINCIPALMENTE, não faça outras pessoas vítimas.

Já disse o sábio: É melhor perder um minuto na vida do que a vida em um minuto. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vento no rosto

Céu azul, clima de sexta feira, no pensamento um grande "ufa, acabou mais uma semana útil!". Os planos são vários, começando pela decisão do que vestir nos três dias de descanso. É quando bate aquele vento no rosto, brisa refrescante, que beira o mentolado, e você se sente sozinha no lugar em que está, e você se sente viva, e se sente cheia de saúde e felicidade... já disse um pensador por ai: só de sentir esse vento na cara, já valeu a pena ter vivido.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A fórmula da vida

Sou estudante de Engenharia. Aprendi a calcular tudo. Sei usar a calculadora como ninguém. Áreas, volumes, perímetros, derivadas, integrais, logaritmos e exponenciais. Essa mania de ser tudo exato, muitas vezes linear, eu trouxe para vida.
Sorte é que na vida NADA é linear, sorte que na vida NADA tem exata precisão.Na vida é tudo as avessas, não podemos medir o amor do outro, não podemos controlar a vida do outro como controlamos nossas equações, pior, muitas vezes não controlamos nem as nossas próprias vidas, nem sempre tudo depende de nós. Digo que é nossa sorte, porque se tudo na vida fosse assim, eu já teria perdido muitos amores e momentos felizes.
Mas existem algumas equações que podemos aplicar à vida sim:

f(x)= Relaxar+Agradecer a Deus pela saúde que temos+Não deixar pequenas coisas abalar nosso humor+ Gentileza+E muitos sorrisos

f(x)=VIDABEMVIVIDA

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma amiga publicou esse texto, me identifiquei demais.‎

"Os cabelos encaracolados castanhos e volumosos. Na pele, nada de sombras azuis, na boca, nem sinal de batom vermelho. Você desce o olhar pra notar os seios, que caberiam na palma de uma mão, delicadamente pesando pra baixo. Não há ferros nem bojos fazendo o crime de impedir que eles dêem aquela leve caída dos deuses. As mãos que viram as páginas do cardápio são inegavelmente femininas – dedos pequenos, revelam uma surpresa em suas pontas – não há esmaltes – nada de cabaret, new york, beijo molhado, preto fosco, verde palmeiras. Nos pés também não se vê aquela pontinha de band-aid denunciando que a escolha da noite passada periodizou a beleza, e não o conforto. Seus pés parecem felizes dentro de um sapato confortável. As roupas, mostram pouco diretamente, mas deixam vários sinais de que o que está por baixo delas é um conjunto inteiro que faz muito mais milagres do que só uma bunda malhada. Ela parece não se importar com padrões porque o que importa nela é ela mesma – e porque sabe que não adianta de nada uma embalagem bonita se o conteúdo não surpreender. Sabe que a vida é curta demais e decidiu gastar seu tempo com coisas que realmente importam. Na verdade, ela está pouco se fodendo pra essa disputa de pessoas vazias em busca de um lado externo perfeito. E, se você quer mesmo saber, ela não dá a mínima se você a acha menos gostosa por isso."

terça-feira, 31 de julho de 2012

"Um dia você descobre que verdadeiros encontros não acontecem quando você está com a sua melhor roupa na balada, pronta para ser notada.
Eles acontecem quando você é apenas você e está lá, no mesmo lugar que um outro alguém, ainda des conhecido, também está.
As melhores surpresas da vida acontecem numa ida a um lugar sem importância, em uma terça-feira antes da novela, durante uma música de três minutos e meio e você não tem que fazer nada de especial para isto.
Quando chega a sua hora, você, sem perceber, está no lugar certo, na hora certa, e nada impede que este encontro aconteça. Não importa quantas centenas de pessoas estejam ao redor – vocês se reconhecem.
O querer é tão natural - ele gosta do seu cabelo e você dos olhos dele – que parece não haver outra possibilidade: você permite, de coração e sem medo, que o encontro aconteça.
De alguma forma você se sente pronta para tudo que está prestes a acontecer sem, de fato, ter se preparado para nada.
Não é só corpo, é alma. E desse momento em diante, as horas passam rápido, mas você não tem pressa. Você ocupa seus dias com encontros, mensagens, pensamentos, mas você está livre. Você se envolve cada vez mais na vida do outro, mas tudo é leveza.
Nada de jogos sentimentais. Você sabe o que quer e ele quer o mesmo que você. Não existem segredos, não tem mistério, não há o que esperar nem temer. Vocês estão juntos antes mesmo de entenderem como tudo aconteceu.
E é bom. E você finalmente percebe que desejou esse encontro por muito tempo, mas só quando parou de esperá-lo, ele aconteceu."
(Sabrina Davanzo)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quem pode te fazer feliz??

Parece que nos dias atuais (quem sabe antigamente também era assim) a regra é clara: Você deve estar apaixonada/amando/pegando/ficando/namorando/quase casando ou tendo um rolo qualquer. Todos cobram de você um status, quantas vezes você já não foi questionada sobre "os namorados"?? E se você está sozinha ou simplesmente amando a si mesma por um tempo, a impressão é de que você é de outro mundo, ou tem algum problema, "será que ela levou um chifre e está traumatizada?", "será que ela não definiu sua sexualidade?", "coitadinha não arranja ninguém!" ... e uma infinidade de baboseiras sem tamanho.
O grande problema dessa pressão é que  parece que as pessoas estão amando qualquer um, o primeiro que aparecer, ou aquele amigo que você até achava feinho mas pode ser romântico. Parece que é necessário postar fotos dos jantares, dos passeios e das viagens, dos sorrisos a dois, de beijos e abraços a todo momento, como se a felicidade pessoal dependesse disso.
Vejo com maus olhos essa necessidade de amar por amar, de mostrar que está amando. E a conquista? E o amor verdadeiro? E aquele frio na barriga ao encontrar a pessoa? E "aquela coisa de pele?"
Sempre tive em mente que não posso colocar a responsabilidade de uma pessoa me fazer feliz, pelo contrário, meu objetivo é fazer o outro feliz, e assim ser feliz, porque não se pode colocar esse peso nas costas de uma pessoa que te conheceu há alguns meses, até mesmo semanas... mas fazer alguém feliz não é difícil, e é assim que as coisas começam. Quem sou eu para ditar regras sobre como fazer um relacionamento ser duradouro, mas é assim que meu relacionamento está dando certo, e acredito que é com essa mentalidade, que partiu de nós dois, que tudo foi se encaixando, sem pressa, sem cobranças, valorizando as pequenas coisas e acima de tudo, valorizando o sorriso e a felicidade do outro.

terça-feira, 17 de julho de 2012

na internet só existe felicidade e festerê

O Facebook, por exemplo, é um palco de autoajuda. Lá todo mundo ajuda as velhinhas com sacolas, os cachorros de rua e os menos favorecidos. Na internet todo mundo é legal, querido, do bem, simpático. É ou não é? Tem gente que passa por você na rua e não cumprimenta, mas curte qualquer besteira que você posta na sua página. Tem gente que inclusive já falou mal de você, mas pede para ser sua “amiga” no Facebook. Tem gente que não te suporta, mas te segue no Twitter para saber os seus passos. É uma hipocrisia generalizada.
Ah, se o mundo fosse igual ao Facebook! Tenho certeza que não existiria injustiça, fome e disputa de beleza. Então me pergunto: que parte eu perdi? Pois se as pessoas são tão boas assim o mundo deveria ser melhor, certo? Ou pelo menos mais justo.
Na internet só existe felicidade e festerê. Ninguém é invejoso ou desleal. Todo mundo é honesto, do bem, limpinho e bacana. Por sinal, na internet a vida de todo mundo é muito boa. Viagens, festas, restaurantes caros, compras e amigos. Uma vida tão boa que até o Eike Batista ficaria com invejinha. Branca, é claro. Porque na internet a inveja só tem uma cor.


Texto que expressa bem o que eu sinto, pode ser lido aqui: http://revistatpm.uol.com.br/print.php?cont_id=6391 amiga que postou no facebook. Penso exatamente isso quando abro minha timeline.

Férias.. momentos sagrados!

Férias de Julho, bem coisa de estudante, como ainda não peguei meu canudo, aqui estou curtindo as férias.
Momentos simples, mas que, devido a correria do dia a dia não podemos ter, apenas nas férias.
Ahhhh o sagrado momento do cobertor e da revista de moda, o sábado que normalmente é agitado por trabalhos, estudos e derivados passado tranquilamente na frente da TV, vendo programas aleatórios com uma tijela de pipoca, moletom velho, blusa de lã e sem horário para tomar banho.
Poder ver a chuva lá fora da janela, sem precisar encarar o trânsito maldito, o mau humor alheio e todo aquele estresse.
Ver a geada, mas só pela televisão. Sentir o frio, mas só para comprar pão na padaria da esquina.
No meio disso tudo tem o trabalho, porque esse é outro mal, mas só pelo fato de estar livre da loucura da faculdade, das preocupações e dos compromissos, já me sinto bem mais humana, bem menos estressada, muito mais feliz por estar viva.
Momentos sagrados, que não deveriam ser raros... quem sabe um dia....

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sustentabilidade em nossas mãos

Faz tempo que não escrevo. As responsabilidades me tiram toda e qualquer inspiração. Mas nada como as férias (esse é outro texto que logo escreverei...).
Ouvimos tanto sobre sustentabilidade, essa palavra ecoa no nosso dia a dia, por todos os cantos, e justamente por martelar tanto em nossa cabeça, geralmente com discursos inflamados sobre a natureza, o desmatamento e o aquecimento global, o sustentável dá a impressão de estar muito distante de nós.
Mesmo inconscientemente, colaboramos a cada dia com o estrago que está sendo feito no nosso planeta. Temos que nos conscientizar de que, dependemos MUITO do nosso planeta para estarmos vivos, se as coisas por aqui não estiverem em perfeito equilibrio, sequer conseguimos respirar.
Mas.... porém.... toda via... muitos fazem esses mesmos apelos todos dias, mas não fazem absolutamente nada para mudar, até eu comecei a me questionar sobre o que estou fazendo para mudar a minha fatia desse bolo.
Bom, toda mulher é viciada em roupa, maquiagem, cabelo, sapato, é raro a mulher que não gosta pelo menos um pouquinho desse mundinho. Há alguns anos atrás eu fazia questão de comprar todas as minhas peças em lojas X (com preços bem salgados), meus sapatos deveriam ser da loja tal, maquiagem da marca Y (...) Isso com o dinheiro (suado) dos meus pais, quando comecei a trabalhar, aprendi o real valor do dinheiro, e meus conceitos mudaram. Antigamente não imaginava nem passar em frente a um brexó por exemplo, ao mudar meus conceitos conheci uma loja de roupas semi novas suuuper bacana, todas as roupas são praticamente novas, por um preçinho bem amigo. Aquilo que não serve para outro, serve para mim perfeitamente. Ontem foi um daqueles dias que tirei para garimpar esse brexó, estava procurando camisas estampadas, comprei duas, que ficaram lindas, paguei R$ 20,00 nas duas, e como me orgulho desse achado. Isso é sustentabilidade, isso é ser consciente! É dessa forma, não consumindo como se não houvesse o amanhã, que contribuo para um mundo melhor para as próximas gerações. E o bolso agradece!! Não são todas as peças que compro usadas, mas quando posso faço, e acho uma delicía ficar garimpando esses lugares.
Me orgulho de não ser mais uma pessoa bitolada pelo sistema, que diz o tempo todo: Consuma, consuma, consuma. Que tal mudar seus PREconceitos?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Inferno Astral

Alguns não acreditam na influência dos astros na nossa vida. Eu acredito. Não estou falando de horóscopo, eu falo do sol, da lua e das estrelas.
Estamos passando pelo inverno mais chuvoso desde 1993, e como chuva me deixa irritada e mal humorada. Sem essa de "aceitar", adoro chuva para ficar em casa, comendo pipoca e assistindo TV, mas quando é necessário tocar a rotina para frente (que combinamos, já não é lá tão legal assim) com chuva fica ainda mais difícil.
As pessoas ficam nervosas, sem paciência, o trânsito se torna um caos, é um vai e vem de guarda chuvas para lá e para cá, quando você não molha as roupas, sapatos e cabelo.
A chuva altera meu humor. Não deixo de viver quando chove, mas prefiro ver o sol, o céu azul, as estrelas e a lua. Gosto do brilho deles. De alguma forma eles me deixam bem, mesmo que as coisas não estejam bem.
Cada um com seu inferno astral, mas entrar em um prédio com chuva e sair dele com sol.... ahhhhh que maravilha!!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Acordei com vontade de ser eu mesma

Passei anos da minha vida (leia-se adolescência para cá) buscando se encaixar em algum padrão, não falo de ideologias ou músicas, sempre fui muito bem resolvida quanto a isso, eu falo de roupas.
Passei muito tempo tentando imitar a menina linda que usa sempre as roupas mais bonitas, tão bonitas que parece ter um conjunto de peças para cada dia do ano. Cometi esse crime contra mim mesma, sou réu confessa.
A verdade é que nunca me senti bem. Morria de receio de falarem, de olharem, muitas vezes achei que riam de mim... mas é lógico, eu não era eu mesma, eu tentava ser a imitação barata de alguma coisa no vácuo. Roupas são importantes sim, não me venha com discursos moralistas e blablabla, uma roupa legal faz meu dia muito melhor, tenho confiança para andar por ai sem medo, falar sem medo, me relacionar sem medo.
Não sei porque eu era assim, não vou culpar ninguém, nem a mim mesma, acho que é algo que muitas garotas acabam passando. Ter o cabelo da moda, as roupas da moda, o sapato da moda. Lí esses dias uma blogueira falando algo assim "quem segue a moda não tem estilo", sim é verdade! Como faz mal não ter estilo.
Hoje descobri como posso me vestir para valorizar aquilo que tenho de bom e também esconder aquelas imperfeições que só existem em minha cabeça. Aprendi a comprar não por impulso ou porque está na moda, aprendi a comprar aquilo que diz algo sobre mim, que me faz sentir bem, dessa forma não me sinto mais estranha ou fora da casinha, me sinto segura da mensagem que estou transmitindo. Não me sinto mal por não ter uma conta bancária com saldo de 8 dígitos, aprendi a valorizar aquilo que tenho, e estar bem com aquilo que posso comprar. Aprendi a não se vestir com a mesma roupa todos dias, pelo contrário, aprendi a parecer que tenho um conjunto de peças para cada dia do ano.
Não vejo mal algum em buscar inspirações, mas faço isso nos lugares certos como revistas (amoooo) e nos blogs, aliás eles foram meus professores, com esse material amadureci.
São coisas que aprendemos com o tempo, apenas a experiência pode nos proporcionar algo assim.
E sabe como vejo as meninas que antes achava um máximo? Vejo como meninas que descontam sua falta de personalidade em débito automático.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Constatações do dia a dia

Quem amamos sempre deixamos para depois. Porque é da família e vai entender a urgência de nosso trabalho.

Um minutinho, meu filho./ Já te ligo, amor./ Agora estou trabalhando./ É uma ligação importante.

Só que o filho cresce e para de nos procurar.
Só que o pai morre e não descobrimos o que ele queria.
Só que a esposa se cansa da solidão e pede o divórcio.

Reclamamos da fila da Previdência, da fila do SUS, da fila dos bancos. Mas os familiares vivem em fila para serem atendidos dentro de casa.

É a fila do amor que não anda. Do amor que pensa que terá tempo em seguida. O tempo adiante será o mesmo tempo de agora. A mesma falta de tempo.

Filhos pequenos são mendigos em seus quartos, esperando que você desligue o telefone, que você preste atenção.

Maltratamos quem a gente gosta com adiamentos e desculpas. A vida passa e a promessa de conversa não se realiza. E não sabemos o que o nosso menino estudou, o que a mulher criou no trabalho, o que a mãe precisava comentar sobre seu passado.

Abandonamos a família porque desejamos ter calma. Ter folga. Ter férias.

Melhor falar nervoso do que não falar. Melhor um pouquinho junto do que nada. Melhor o rascunho do que a idealização.

Interrompa suas atividades para ouvir a família. Mesmo que seja rápido. Mesmo que seja de qualquer jeito.

A conversa é do momento, a conversa é um momento.

É possível desistir de dizer. É possível perder a vontade.

Não existe como recuperar lembranças.
Cuide da família. Agora!
 
Créditos: Alguém postou no facebook.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ansiedade

Não lembro direito se já divaguei sobre esse assunto aqui no blog... mas mesmo que já tenha feito, cada dia adicionamos mais intens na nossa mala, e hoje tenho mais itens a adicionar sobre ele.
Por ser algo tão rotineiro em minha vida, tenho essa sensação de já ter falado, pensado e repensado sobre ele, talvez porque sinto sempre, vivo muito com ele ao meu lado.
Sou ansiosa ou nervosa, como queiram chamar. Não necessariamente por coisas ruins, mas sou ansiosa antes de grandes acontecimentos, mesmo que esses acontecimentos sejam na vida de quem eu amo. Fico nervosa em vésperas de formaturas, casamentos (esse final de semana é o caso), festas em geral... também véspera de provas, grandes decisões, apresentações em público, mas confesso que para isso não sou tão ansiosa assim, sou ansiosa mesmo é com coisas boas.
Me preocupo se estarei bem vestida, se vão gostar do meu cabelo (passo dias procurando alguma coisa que eu goste para fazer), me preocupo se vou me divertir, se todos vão, se tudo vai dar certo... Aparentemente isso é normal para todas as mulheres, ainda mais quando você foi escolhida como madrinha da noiva, você se sente especial e com certa responsabilidade de estar lá e fazer ela feliz. Ver alguém que eu gosto sendo feliz, e estar realizando um sonho me deixa muito ansiosa...
Não reclamo, gosto de sentir isso, aproveito cada momento desse universo, cada escolha, cada passo... é bom, é gostoso, nos tira da rotina, nada de roer unhas, se entupir de doces, perder os cabelos, tudo deve ser "curtido" com alegria no coração.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Arte de Perder

A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero, a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente da viagem não feita.
Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe.
Ah! E nem quero lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles.
Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada.
Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério
 

Elisabeth Bishop

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Insegurança

Segundo o Houaiss:

Acepções
substantivo feminino
estado, condição ou característica do que é inseguro
1    ausência de segurança; periculosidade
2    sensação ou sentimento de não estar protegido, seguro
3    falta de confiança em si mesmo, em suas próprias qualidades ou capacidades

Para mim insegurança é tudo isso e muito além.
Não sei o que fazer com esse sentimento dentro de mim. Desde a roupa que estou usando, ao pentenado e a maquiagem que vou usar, da prova que deixei de fazer, da bebida que deixei pela metade, da rua que não entrei, do encontro que não fui, do sorriso que não dei (...)
Sou insegura, e até agora não ví uma forma de mudar isso.
Tenho medo de ficar sem chão, tenho medo de cair, tenho medo de não chegar lá... Para evitar sentir esses medos, evito começar, começo e termino, fico pela metade, no meio do caminho.
Começo a me questionar sobre a origem desse problema e tenho algumas desconfianças: 1) Confiar demais no poder dos outros em fazer tudo por mim. 2) Confiar demais no destino, achando que ele resolverá por mim. 3) Medo de tomar decisões por medo de assumir a culpa caso algo dê errado. etc, etc, etc...

Disfarço a insegurança tentando parecer uma pessoa forte, decidida, com opinião formada sobre tudo, mas no fundo do peito não é nada disso.

Insegurança. Você vai me matar.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Escolha de um Amigo - Oscar Wilde



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Feliz Aniversário!!

Hoje é meu aniversário!! 


Pode ser um dia comum para a grande parte do mundo, mas para mim e para os que me amam (e também para os outros aniversariantes do dia) é um dia especial no ano.
Dia para celebrar uma vida, que trás alegria, felicidade, amor, sorrisos, conselhos, companhia, momentos agradáveis, e uma pessoa cheia de defeitos, assim como todos, que já trouxe e ainda vai trazer com certeza, momentos de tristeza, decepção, lágrimas, apreensão, angúsia para os outros e para mim mesma (...)
O que mais me deixa feliz é que tudo nessa vida são momentos. A vida é feita de momentos, tudo é passageiro, instântaneo, nos dias atuais discutimos tanto sobre a instantaneadade das relações, sentimentos e muitas outras coisas, sem nem perceber que sempre foi assim. A internet nos dá a sensação de que apenas nos dias de hoje as coisas são instântaneas, mas sempre foi assim.
Muitas coisas marcam para sempre, com certeza, mas pense que vazio viver feliz todos os dias ou triste todos os dias?? Essa maré de sentimentos bons e ruins, misturados ao longo dos anos nos proporciona uma mala cheia de aprenzidado, experiência e nos torna pessoas muito melhores.
E como hoje é meu aniversário, e normalmente paramos para refletir sobre esses anos que se passaram e sobre os anos que estão por vir, percebi como hoje, com todos os erros, tropeços, alegrias, lágrimas, sorrisos e gargalhadas que o longo caminho da vida me deu, sou uma pessoa muito melhor, vivo bem com as pessoas que amo, convivo bem com as pessoas que devo conviver, me respeito acima de qualquer coisa, sei muito bem das minhas vontades e de que não quero, e tenho tudo o que preciso: Saúde, Amor e Paz. O restante...com o tempo vai vir.





terça-feira, 24 de abril de 2012

Cactos

Entre todas as plantas, a qual tenho mais admiração é o Cacto. Apesar da sua aparência agressiva, algumas espécies em determinadas épocas, geram as mais belas flores. Eles sobrevivem em ambientes que poucos no planeta conseguem sobreviver, são persistentes, representam a força, a vontade de viver e de vencer as dificuldades que o meio impõe. Delicados e ao mesmo tempo tão fortes, belos aos olhos de quem tem interesse de acompanhar seu crescimento.
Eu me identifico muito com essa planta, e gosto de ter um vazinho desses em minha casa.
E você, já reparou na natureza e em suas lições?


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Espírito de ... Páscoa



Que vida corrida!

Cada vez menos tempo para parar e refletir, escrever. Ando no automático há algumas semanas, e vejo que isso faz mal a saúde, mas há outra maneira??

Não vou deixar passar em branco a Páscoa.
Sábado de aleluia resolvi (um pouco tarde) comprar os presentes de páscoa. Não estava com muito ânimo para enfrentar os hipermercados e suas filas interminaveis. Resolvi ir ao supermercado próximo da minha casa, fiquei surpresa, pois haviam poucas opções de ovos de chocolate, as pessoas estavam comprando todos, inclusive os quebrados. No início da especulação por chocolates, ví que havia sido lançado o ovo de páscoa Kit Kat, mas por um preço que eu considero absurdo se considerarmos o tamanho, ví em sites até por R$49,00 e confesso que desanimei, mesmo meu namorado sendo um amante do kit kat. Olhando um ovo aqui outro alí, ví algumas barrinhas de kit kat na prateleira e fui comprar para dar de presente, quando olho ao lado o tal do ovo Kit Kat, e por um preço incrível R$28,90, agarrei o meu na hora. Comprei um super laço lindo e fiquei feliz. Moral da história, muitas vezes subestimamos o que está próximo de nós, nem sempre aquele/aquilo que faz barulho e faz propaganda é o melhor. Segue a foto do ovo Kit Kat.
No sábado, fui na casa do namorado honrar as tradições ucranianas. Os alimentos são benzidos em uma cerimônia religiosa e o café é servido para toda a família. O membro mais velho da família divide um ovo cozido entre o número de pessoas presentes e os distribui. É um momento super gostoso de celebração e união. Minha cunhada, que dança folclore ucraniano pintou um pessanka para mim. Cada cor e cada desenho tem um significado, que é o que a pessoa que pintou o ovo deseja para você.

Que o espirito de amor e vida celebrados na páscoa, estejam conosco para o resto do ano.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Não venham com flores ...

Excelente texto da , peço a permissão dela para postar aqui no meu blog.
Quem quiser conferir e comentar diretamente no blog dela, este é o link: http://cynthiasemiramis.org/2008/03/07/os-machistas-no-dia-internacional-da-mulher/

Segue:

Os machistas no Dia Internacional da Mulher



Como estou cansada de todo ano ouvir discursos machistas no Dia Internacional da Mulher, este ano preferi fazer a listinha das besteiras que eu já ouvi. Tenho certeza que vocês conhecem pelo menos alguma delas. Aproveitei também para explicar o quê está de errado nessas frases ridículas, pra ajudar os moços a entenderem que as palavras que eles acham lindas podem ser muito ofensivas. Quem sabe esses discursos entram em extinção?

mulheres, vocês embelezam o mundo
esse vocês já conhecem de outros posts. É aquela pessoa “simpática” que pensa que mulheres são enfeites. Entram na mesma categoria os piegas do “uma flor para outra flor”. Pra essa pessoa, uma mulher é, na verdade, um vaso de flores gigante: enfeita a sala, não se move sozinho, precisa de alguém pra mantê-lo vivo, e é mudo.

parabéns por ser mulher
eu, hein? Esse aí pegou o bonde andando e não entendeu nada. Que tal parabenizar as mulheres por, em pouco mais de um século, terem mudado a sociedade completamente, e pra melhor? Que tal parabenizá-las por terem largado uma vida como objetos, e se tornarem sujeitos de direito? Que tal parabenizá-las por abdicarem de uma vida de inatividade política, e exigirem o direito de votar e serem votadas? Mas não… quem parabeniza a mulher por ser mulher não percebe nada disso. Pra ele, o que importa é que a mulher é a coisa mais importante do mundo. Desde que caladinha, obediente, delicada, amorosa. Ou, em outras palavras, enfeitando o ambiente, igualzinho à opinião do machista do tópico anterior.

eu adoro as mulheres, afinal, nasci de uma
quem fala essa pérola é aquela pessoa que pensa que ser mulher é igual a ser mãe. Um reducionismo impressionante! Homem pode ter profissão, pode ser solteiro, casado, ter filhos, e continua sendo homem… já mulher só é mulher se for mãe. Essa teoria só não explica como classificar alguém que não pertence ao sexo masculino, nem tem filhos.
O curioso é que, nessas horas, não existe pai: eu adoro os homens, afinal, nasci de um… O filho é só da mãe (mas quando se trata de controlar o corpo e a vida da mãe, aí o pai/”dono” aparece rapidinho…)

falta um dia do homem
tadinho, está se sentindo abandonadinho porque não tem um dia com o nome “homem”. Se ele parar de olhar pro próprio umbigo, vai perceber que todos os dias são dos homens, nem precisa de uma data oficial pra isso. São eles que ainda têm todos os privilégios na sociedade. Afinal, o homem não se torna homem só porque é pai, ele não recebe menos por ser homem, não tem menos chances no mercado de trabalho porque é homem, não é descartado porque ficou gordo, velho ou grávido, não é tratado como invasor da profissão alheia só porque é homem… Quem reclama que não tem um dia do homem é um egoísta que está chorando de barriga cheia.
Pergunte se ele quer trocar de lugar com uma mulher, assim ele vai ter um dia pra ele; você vai ouvir a resposta negativa mais escandalosa do mundo. Na verdade, ele odeia tanto as mulheres que acha que elas só servem pra ficar caladas, fazendo serviços domésticos e sexuais, e enfeitando o ambiente. Mudas, é claro, pois se reivindicarem qualquer coisa (inclusive uma data de luta), estão exagerando os problemas pra chamar a atenção. E, caso não tenham entendido ainda, só ele pode chamar a atenção…

os outros 364 dias são do homem, huahuahua
esse aí parou o cérebro na época da ditadura militar. Naquela época, todas as datas eram pra elogiar o status quo, e esconder o tanto de coisas que eram mantidas erradas à força. Com a democracia, voltamos a colocar o dedo na ferida e as datas ditas comemorativas se tornaram datas problematizadoras, pois elas dão visibilidade a questões que muitos homens querem esconder, especialmente se o assunto for sexismo. Se o homem tem orgulho de usar a força (das mãos, da lei, das armas, da religião, da mídia) para manter seu status de dominador, e ainda ri disso, é sinal que está completamente em descompasso com o mundo atual e que não respeita mulher nenhuma. É um insensível e, no mínimo, omisso em relação à violência contra as mulheres. E é triste ver alguém tão estúpido ter orgulho dessa estupidez.

pra quê um dia desses? Vocês já são iguais a nós!
esse aí não leu meu post do ano passado. Provavelmente, a última coisa que ele leu foi que a Constituição da República declarou que homens e mulheres têm direitos iguais. De lá pra cá, não leu mais jornais nem revistas, não assistiu televisão nem conversou com ninguém, pois não sabe que a igualdade de fato está longe de ser alcançada. Tivemos de fazer uma lei pra combater violência doméstica, ainda precisamos de pressão política para melhorar as condições de trabalho, saúde e educação das mulheres, e falta acabar com o sexismo em todas as suas formas. Que igualdade é essa que tem tantas distorções e necessidade de correções? Conversar com gente desatualizada é terrível… pior ainda é quando têm orgulho de estar, pelo menos, 20 anos atrasados…

o dia é de comemoração, e você vai reclamar?
outro que parou na época dos militares e acha que tudo é pra comemorar. A vida dele é uma festa, e ele não percebe que a vida das mulheres raramente é assim. A vantagem é que, querendo ou não, ele vai ter de ouvir as reclamações. Quem sabe alguma delas entra na sua cabecinha retrógrada e muda alguma coisa – pra melhor – na vida das mulheres que convivem com ele?

continue a ser essa mulher linda, doce, gentil e afetuosa que você é
aviso para as mulheres: se vocês não são lindas, doces, gentis, afetuosas nem sensíveis o tempo todo, vocês não são mulheres. Favor passarem para a categoria “inadequada”, pois não sabemos o que vocês são. Homens são homens, não importa suas características. Até os trogloditas consideram que dizer que um homem é gentil pode ser um elogio. Mas, seguindo a lógica do machista, uma mulher, quando não é gentil, deixa de ser mulher. Aí a gente volta pra aquele modelo do primeiro exemplo: mulher só é mulher quando se torna um vaso de flores gigante e mudo.

E ainda acham que estão nos parabenizando…

terça-feira, 6 de março de 2012

A importância da... SAÚDE!

Costumo reclamar muito sobre a minha vida, não para os outros claro, mas para mim mesma."Ahhh como odeio trabalhar, ahhh como odeio estudar, que preguiça!, gostaria de ter nascido rica, gostaria de ter nascido em outro país, gostaria que tudo fosse mais fácil (...)" Entre mil e uma reclamações que passam pela minha mente durante meu dia a dia. Não acho que sou anormal por isso, afinal, sensação de contentamento descontente (como disse o poeta) é comum na humanidade inteira, mas me refiro a desvalorização do que a vida me oferece todos os dias, maravilhosamente bem e de mãos beijadas.
Hoje cheguei na hora do almoço e casa e me deparo com minha vira lata Maggie com o olho vermelho, super inchado, como se estivesse com uma conjuntivite. Meu mundo caiu.
Primeiro vou contar a história da Maggie. Estava eu, trabalhando em uma dessas tardes de inverno geladas, quando me contaram sobre uma cachorrinha que parecia estar perdida no lote dos fundos da empresa. Fui conferir, dar uma olhada, já sou a feliz dona de uma poodle linda e adoro animais. Cheguei lá, ela estava quietinha em um canto, entre alguns caixotes de madeira, ficou me observando, trocamos olhares, e chamei ela, disse "-venha aqui, venha!!" e bati as mãos nas minhas pernas: FOI AMOR NA HORA!! Ela não sabia o que fazer para me agradar, não sabia se me lambia, se pulava, se balançava o rabinho... Durante mais dois dias ela ficou no pátio da empresa, fiquei com medo de já ter dono, mas como o dono não apareceu, e ela ficou por lá, resolvi levar ela para minha casa. Todos se apaixonaram pelo jeitinho cativante da cadelinha e ela se tornou minha paixão, meu bebê, meu porto seguro. Nos amamos incondicionalmente, ela apenas me cobra por isso comida, água e cuidados. Para ela, estar ao meu lado é estar feliz, e ela me faz muito feliz. Fico abismada com esse amor, assim, de graça. Não sei viver sem ela.
Voltando a história, chegando em casa vi o olho dela e corri para o veterinário, a Dr.ª examinou e disse que pode ser uma bactéria, um cílio ou alguma sujeira que entrou no olho dela ou ela pode ter se machucado, receitou colírio e chá de camomila para lavar o olho dela. Estou preocupada, confesso que chorei e estou rezando para que ela fique bem e ela vai ficar bem, ela é forte e guerreira.
Resumindo, algumas coisas acontecem em nossa vida e nos trazem lições. Tirei como lição disso reclamar menos e agradecer mais. Tudo na vida damos um jeito, dinheiro, trabalho, lazer, estudo, carro, viagem, unha, cabelo, roupa, o chuveiro que resolveu estragar (...) Só não damos jeito para doenças, e estamos mais suscetíveis a elas que imaginamos. É preciso tomar cuidados com nossa saúde, a de quem amamos e principalmente a dos animais e também agradecer por cada dia que estamos bem.
Nem eu sabia que gostava tanto da Maggie assim, agora sei, e vou ama-lá ainda mais, todos os dias.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Brigadeiro de copinho MOÇA

Estreando o quadro "mulhersinha" do blog, vou postar uma receita que fiz no sábado. Nós amigas, e os respectivos namoridos combinamos um jantarsinho. A anfitriã fez o jantar e eu resolvi levar a sobremesa. A princípio, apesar da minha boa vontade, fiquei preocupada, pois não cozinho com tanta frequência assim, principalmente para um número maior de pessoas, fiquei com medo de fazer algo muito complexo e errar a mão. Lembrei que no site da nestlê existe uma árvore de receitas (receitas maravilhosas), procurando e procurando, achei esse tal brigadeiro de copinho. Fui em uma loja de embalagens e comprei copinhos de plástico pequenininhos (afinal aparência é tudo, sou uma pessoa extremamente visual com comida, se achar feio não como) e dobrei a receita para render mais, segue abaixo:

Ingredientes
Modo de Preparo
Em uma panela, leve ao fogo baixo o Leite MOÇA® com o Chocolate. Cozinhe mexendo sempre até obter consistência de brigadeiro mole (que corresponde a cerca de 8 minutos). Retire do fogo, acrescente o Creme de Leite e misture bem. Distribua em pequenos copos descartáveis (30ml de capacidade). Espere esfriar e conserve em geladeira até o momento de servir.

*Enfeitei com chocolate granulado.

RESULTADO: Todos amaram!! Não sobrou nenhum!! E fiquei feliz por achar um receita simples e gostosa.
DICAS: Ele é super doce, então é bom colocar em copinhos pequenos para a pessoa não enjoar.
Infelizmente não deu tempo de tirar uma foto hahaha (droga!) Na verdade não pensei em colocar no blog, achei interessante colocar aqui, até mesmo para não esquecer essa receita e lembrar dos momentos super agradáveis com os amigos.
Fonte: http://www.nestle.com.br/site/cozinha/receitas/Brigadeiro_de_copinho_MOcA.aspx#Comentar

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

In between days

Tive que parar para escrever, algo assim não surge com muita freqüência.
Ouvindo a rádio (sim, sou daquelas que adora ouvir rádio, para mim não existe sensação melhor do que a surpresa daquela música que você ama e não ouve há tempos, tocada muitas vezes sem aviso prévio, não gosto de coisas previsíveis, adoro o inesperado, e também gosto de rádios por estar a todo o momento conhecendo novas músicas, novas sensações, não troco por nada estar dirigindo e ouvindo rádio, é meu momento de relaxar entre as idas e vindas da correria do dia). Bem, voltando ao princípio, me deparei com uma dessas músicas que uns anos atrás ouvi junto com uma pessoa que foi muito especial e continua sendo meu amigo, apesar da nossa distância, a música é In between days,do The Cure. Amo músicas, elas me elevam, me lembram momentos, pessoas, sensações, se quero guardar algo para sempre na memória (tanto algo bom como ruim) é só associar com alguma música. Voltando ao assunto inicial, me deparei, ouvindo essa música, com um questionamento que até então me parecia novo, algo que, talvez apenas a experiência e a vivência podem trazer: E se eu tivesse tomado decisões diferentes? E se ao invés de ter namorado aquele, tivesse ficado sozinha ou então nem namorado? E se eu não tivesse falado aquela palavra em um momento de calor? E se eu tivesse anotado o número daquela pessoa? E se eu tivesse escolhido ir a outro bar naquela noite? E se eu tivesse escolhido outro curso? E se? E se? E se eu? (...)
Tudo poderia ser completamente diferente do que foi, do que é e do que será. Para a melhor? Para a pior? Isso não se sabe dizer (...)
Talvez a grande dúvida seja justamente se existe destino ou se existe escolhas, ou se é um complexo de destino/escolhas. Talvez não seja nada disso, nem nada daquilo.
Essa é mais uma das grandes dúvidas que irão ficar sem resposta.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Felicidade suprema

Menalton Braff* para Carta Capital

Às vezes vale a pena pensar sobre a vida. Não sobre o que temos ou não consumido, tampouco a respeito do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar em uma reflexão mais profunda, tornam-se barreiras ao pensamento abstrato, aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações. Chegamos quase à Ideia de Platão, mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar.

Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida. É um assunto para o qual não há dona de álbum de pensamentos que não tenha uma resposta pronta: A felicidade não existe. Existem momentos felizes. Essa é uma verdade chocantemente inócua, pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.

Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar de que vivemos em uma sociedade excessivamente consumista, sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar. Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis. O que é bom para mim tem de ser bom para todos. Isso tem o nome de ideologia, palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando. Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Erigir o consumo de bens materiais (principalmente) como o bem supremo de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.

Para Diógenes, filósofo contemporâneo de Aristóteles, a felicidade, a verdadeira realização de uma vida, consistia em alcançar o autodomínio e a liberdade espiritual. E Diógenes viveu o que pensou. Para tanto, vivia em um barril, desprezava a opinião do mundo e os bens materiais.


Conta-se que Diógenes saía à rua em pleno sol com uma lanterna na mão. Indagado sobre o que fazia, costumava responder que estava à procura de um homem, mas de um homem de verdade.

Mas eis que aparece Schopenhauer, aquele mesmo, o inimigo do Hegel, e desenvolve seu sistema filosófico quase todo sob a convicção de que o ser humano só pode ser infeliz. É o filósofo do pessimismo. Às vezes sinto-me tentado a pensar que o Schopenhauer, lá do século XIX, já vislumbrava nossa época, a sociedade do consumismo desenfreado. Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo. E que desejamos aquilo que não temos. Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto, novos objetos surgem em seu caminho. Esta insaciabilidade do ser humano é que o vai manter preso à infelicidade.

Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia, que mal tangencio como curioso, vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro, para quem pensar é estar doente.


http://www.cartacapital.com.br/sociedade/felicidade-suprema/


Divagações da blogueira: Todos os dias tento me desapegar do que é material, mas muitas vezes cometo meus erros, compro por agústia, sem pensar, trabalho para comprar alguns itens, mas perto de grande parte das minhas amigas e amigos, sou a menos apegada ao material. Vivo perfeitamente bem sem ter aquele carrão da moda, ou sem aquele kit de maquiagem de 1000,00, sem aquele sapato dos solados vermelhos que eu teria que trabalhar um ano todo para ter um (...) Vivo bem com as pequenas coisas que conquisto, um brinco, um sapato, um vestido (...) OK! Isso é consumismo, mas creio que é a forma menos prejudicial dele, onde eu compro não para poder ser feliz, mas apenas para completar a felicidade de participar de uma festa, de um jantar ...

Tenho pena de quem desperdiça sua vida fora trabalhando horrores ou se atolando em dívidas para se sentir bem.

Não sou dependente desse mal, e não quero passar minha vida dependendo dele, apenas quero realizar alguns objetivos, mas nada que necessite de parcelas no cartão de crédito.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Indústria

Cada um puxa a brasa para seu lado, o lado que lhe convem, que lhe trás vantagens... Mas diante dessa greve dos onibus em ctba, estava refletindo um pouco sobre a importância (ou seria dependencia) da indústria na vida moderna.
Foi quando me questionei, e se a indústria parar completamente??

Se a indústria parar a primeira coisa que irá faltar é comida. Não haverá manutenção nas máquinas agricolas, nem produção de sementes, agrotóxicos e outros utensilios necessário para a colheita. Não haverá manipulação necessária dos alimentos para que eles cheguem a mesa, não haverá como embalar e não haverá como transportar, dentro disso, concluimos que a segunda coisa que faltaria era combustivel, seja ele o gás, gasolina,diesel, etanol ... não haverá manutenção nos automovéis e novos não serão produzidos. Após esse primeiro momento de caos faltará remédios, os hospitais não vão fazer exames, pois não haverá manutenção nem aferição dos equipamentos, cirurgias não serão feitas, e as pessoas podem morrer por falta de coisas como aspirina, algo tão comum no nosso dia a dia. E então não haverá energia elétrica e nem água nas casas, nenhuma usina irá funcionar, nem os tratamentos de água por falta de recursos que vem da indústria. Internet, telefone, cartas?? De que jeito?? É necessário a produção de papel, fios, aparelhos para que esses serviços funcionem. Os bancos vão fechar as portas e todos ficarão sem dinheiro, pois não haverão recursos para que esses sistema funcionem, nem computadores, nem detectores de metal, nem luz (...) Vai faltar roupa, papel higiênico, sabão...
Isso é uma pequena parcela perto do que a indpustria produz...
Irá faltar tudo, e caos irá se instalar.

E talvez as pessoas se matem, ou morram, ou aprendam a viver como era antigamente.

Já parou para pensar como somos dependentes desse sistema chamado capitalismo?
Quando foi "criado" a intenção era justamente essa, deixar as pessoas dependentes e conseguiram!
Como seria o processo reverso?


Espero que vocês também reflitam um pouco sobre o ato de consumir. Será que grande parte disso é necessário? Será que vocês precisam de tudo aquilo que consomem?


Um dia a natureza vai começar a vomitar todos os danos causados a ela. Não custa fazer a sua parte.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Manhãs de 2012

Faz tempo que não me inspirava para escrever algo mais poético e menos sério. Menos sério não de menos verdadeiro, mas de menos preocupante.


Todas as manhãs quando acordo espero alguma coisa do meu dia. As vezes essas coisas se realizam, as vezes não, as vezes tudo muda, as vezes tudo continua igual.
Cada manhã tem um sabor diferente, uma sensação diferente, sou daquelas que até o clima e a estação influenciam nos pensamentos.
Enfrentar o trânsito, enfrentar as dificuldades, os momentos de aprendizado e felicidade. Estarei muito bem enquanto nesta vida enfrentar tudo isso e muito mais, porque na verdade, vida é isso. Não podemos esperar nada mágico e surreal, nem esperar nada menos, viver é enfrentar situações novas todos os dias.
Espero que cada manhã desse ano seja linda.

Como diz a música do legião:

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O velho Clint salva o macho da extinção e considerações


Gostei muito desse texto, vinha falando em machismo um tempo atrás e acho que esse texto tem valia para ambos os sexos. Gostei da atitude do velho Clint, por não querer photoshop. Que isso sirva para as mulheres, "mulheres de verdade, conservadas em barris de carvalho", sem photoshop, sem se envergonhar das rugas que "residem em seus rostos". Mulher de verdade também está em extinção. Na era da beleza a qualquer custo, há que existam mulheres de verdade, raras.


Por Xico Sá

E o mundo não se acabou.

O crepúsculo do macho-jurubeba, inimigo público declarado dos novos costumes metrossexuais, foi adiado mais uma vez.

O responsável pela façanha foi, para variar, o velho Clint, Clint Eastwood, 80, que na semana passada vetou o uso de photoshop na capa da reviste “M”, do jornal francês “Le Monde”.

Só o Peréio e o Clint salvam.

Homem que é homem não pode se envergonhar das rugas que fizeram residência nos seus rostos.

Outro que também se revelou adepto do jurubebismo, para nossa surpresa, foi o físico britânico Stephen Hawking, que completou ontem 70 anos.

Com dois casamentos e três filhos, revelou que pensa mais nas mulheres do que nos mistérios do buraco negro e outros enigmas do cosmo. Bravíssimo.

Além do Clint, do Peréio e agora do Hawking, especula-se sobre a existência de uma meia dúzia do gênero no Brasil.

No Crato, por exemplo, existiriam dois, ali na subida da serra a caminho do Exú.

Há quem diga ter visto outro na Mooca, SP. Um quarto teria catalogado na Bomba do Hemetério, no Recife.

Você conhece algum?

Ajude-nos a localizá-lo. Campanha de utilidade pública para salvar estes seres da extinção.

Falo do macho roots, conservado em barris de carvalho, o homem ainda com todos os seus defeitos de fábrica, todos os componentes em ordem.

É, ainda há esperança, velho Clint. Os machos ainda não dançaram de vez, como dizia o título daquele romance de mr. Norman Mailer.

http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/arch2012-01-08_2012-01-14.html#2012_01-09_15_45_31-161644940-0