sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E o mundo não acabou... por enquanto...

O assunto está tão quente que não poderia deixar de dissertar sobre ele.
Não acho que o mundo vai acabar por si só, sozinho, uma onda gigante, uma explosão, acho que quem vai acabar com o mundo é a própria humanidade. O consumismo desenfreado, as pessoas compram, compram, compram realmente como se não houvesse o amanhã, tudo é descartável, e quando algo é jogado fora a matéria prima que foi utilizada para sua produção também é jogada fora, e estamos falando dos recursos naturais, básicos para a existência humana. Cada dia mais armas são produzidas pelas potências mundiais, armas químicas, biológicas, certos países estão prontos para destruir um ao outro, apenas esperam uma grande merda para chamar de causa.
Não podemos ter esperança que o ser humano permaneça vivo no planeta terra se continuarmos com tanto consumismo, ódio, modismos, hipocrisia e falta de respeito com aqueles que nos acolheram, que são a natureza e os animais.
O colapso se dará não por um deus ou uma força extraordinária, nós mesmos vamos destruir aquilo que demorou milhares de anos para ser construído.
Enquanto isso não acontece, que tal começarmos por nós mesmos a mudança? Você realmente precisa colecionar eletrônicos? Você realmente precisa renovar todo seu armário quando chega a próxima estação? Você realmente precisa sair de carro para ir até o supermercado da esquina? Vale a pena refletir, e quem sabe tentar fazer um 2013 um pouquinho melhor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu odeio natal e reveillon

Odeio. Nenhuma palavra descreve melhor. Odeio o velho gordo vestido com botas e casaco de peles nesse calor de 30ºC. Odeio as propagandas de calçinha com todos os seus significados para a tal virada de ano. Odeio essa coisa de que todos devem ser felizes, solidários. Parece que temos a obrigação de sermos felizes nessa época, temos a obrigação de estarmos em família e entre amigos. Parece que temos obrigação de fazer festa e banquete, beber muito e desejar coisas boas até para aquele chato que você não suporta. Parece que temos obrigação de presentear a todos, mesmo que esse dinheiro gasto faça falta depois ou você deixe de realizar algum desejo pessoal por conta disso. Pior ainda, parece que você tem a obrigação de passar a tal "virada" na praia, beira mar, pulando ondinhas, mesmo que para isso você tenha que fazer uma dívida que vai durar até Julho do ano que está chegando.
HIPOCRISIA. Nenhuma palavra define melhor essa época. A pessoa passa o ano inteiro brigando com a família, mal olha na cara de alguns, não lembra nem de desejar feliz aniversário para um familiar, faz fofoca, faz intriga, esquece ou finge que não vê os mais necessitados que estão ao seu redor, faz de tudo para prejudicar o próximo em troca de benefícios para si mesmo ou apenas pelo prazer de ver o outro mal, entre tantos outros fatos do cotidiano que eu sei e você sabe que acontecem. Mas ai chega o natal, ai está tudo bem, está tudo perdoado, começa um novo ano e tudo de ruim se apaga, não importa mais o que passou ou aquilo que você fez, importa agora o que está por vir, não é mesmo?
Não, nada se apaga, o que foi feito é fato, pode ficar no passado mas não tem como mudar, tanto para coisas boas como para coisas ruins.
Um novo ano para velhos erros. Um novo ano para a velha rotina. Um novo ano para cometer as mesmas burradas.
Sei que esse texto soa egoísta mas acreditem, eu falo antes de tudo por mim mesma, não sou um super humano, cometi, cometo e vou continuar cometendo erros, porém aquilo que mais me deixa triste é a maneira como tudo isso é tratado. Com futilidade, como se fosse fácil passar uma borracha em tudo, como se um presente fosse mudar tudo....
Tenho como meta tratar todo os dias como únicos, não acredito que uma data simbólica seja o sinônimo da "virada". Cada dia é único, e ele é a única oportunidade que tenho para corrigir meus defeitos de ser humano. Quero ser solidária com o próximo o ano inteiro, quero respeitar mais o meu semelhante todos os dias do ano, quero viver com mais paz e sossego no coração desde da hora que o sol nasce até a hora de deitar a cabeça no travesseiro.
Presentes e calçinhas não significam nada para mim, muito menos uma data ou um jantar, agora, as nossas atitudes a cada dia que passa, essas sim é que fazem a diferença.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Filme: Quadrophenia

Fugindo um pouco da rotina do blog vou indicar um filme. Foge pero no mucho, pois sou amante de música de qualidade e o filme é totalmente inspirado em um álbum do The Who (...)
Bem vamos lá... Quadrophenia é um filme de 1976, baseado no álbum do The Who com o mesmo nome. O filme mostra a história de um jovem de classe média de Londres, ele faz parte do grupo dos mod's que por sua vez vivem brigando com os rockers.
Quem são os mods? Mods foi um grupo de jovens que adoravam ternos, lambrettas e vespas, eram muito ligados ao que estava na moda (por isso o termo mods), e gostavam de bandas novas da época como Yardbirds e The Kinks.
Quem são os rockers? Os rockers eram o grupo que gostavam de música americana, como Gene Vincent, Elvis, adoravam usar couro e andavam de custom (estilo Indian/Harley).
P.S: Não faço parte de nenhum desses grupos (que deixaram amantes até hoje), por isso a explicação é leiga, se algum leitor tiver algo a acrescentar/arrumar pode ficar a vontade.
Voltando ao filme, ele retrata os conflitos entre a nova geração e a geração de seus pais e avós, retrata a crise existencial de um jovem que faz parte de um grupo e acredita nos princípios daquele grupo, abrindo mão do seu dia a dia para entrar de cabeça no mundo dos mods, retrata o amor por uma jovem que não quer saber de nada sério, retrata as festas, o estilo e o comportamento da época e a rivalidade entre os dois grupos, tudo isso acompanhado de uma linda trilha sonora.
Se você gosta do passado, gosta de filmes antigos e gosta de rock, com certeza vai gostar dessa história.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Provas finais e uma reflexão

O mês de Novembro e Dezembro foram conturbados. Muitos trabalhos da faculdade para entregar, muito estudo e muita preocupação. Acabei ficando para uma prova final, de uma matéria que não tenho muita afinidade e também não gosto muito, mas isso é um detalhe. Na manhã da prova acordei cedo, tomei banho, relaxei, afinal de contas o nervosismo trava a mente, distorce seu conhecimento e só piora as coisas. No caminho para a faculdade comecei a refletir sobre o nervosismo que envolve uma prova decisiva como essa, afinal de contas agora é tudo ou nada, não haverão outras chances, aquele momento irá decidir seu futuro na faculdade, aquele momento implica entre vencer ou perder um ano inteiro de estudos que por algum motivo ou outro não foram tão bem sucedidos. Parando para pensar sobre tudo isso, me perguntei porque não temos essa mesma posição diante das outras coisas vida? Porque damos mais importância para a prova final do que o para o dia que foi apagado por não ter sido vivido? Se formos parar para pensar, todo dia é um dia decisivo, não haverão outras chances, aquele dia será único, amanhã você pode nem estar mais aqui. Não quero entrar em assuntos como a teoria do caos conhecida pelo filme "efeito borboleta", falo de coisas mais humanas, mais sentimentais, como não dizer que amamos aquela pessoa especial, o beijo não dado, o abraço que ficou apenas na vontade.
No dia a dia não nos damos conta de que cada atitude pode ser decisiva, cada palavra pode mudar até seu futuro, no dia a dia não nos damos conta de que vamos morrer.
Em uma prova você sabe bem que aquilo é decisivo, mas na vida parece que esquecemos de que cada dia também será decisivo e irreversível.
Viver os dias como se aquele fosse apenas mais um dia insignificante pode ser a receita para uma vida triste e cheia de arrependimentos, viver com consciência de que há dias melhores que os outros e com consciência de que ninguém é plenamente feliz todos os dias é como tirar um fardo de chumbo das costas. Quem sabe em 2013 não seja o ano para essa mudança?? Essa mudança tem que começar por dentro... juro que vou tentar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Férias chegando...

É hora de listar todos os livros e filmes que deixei de ver por conta dos compromissos com a tal engenharia. Hora de listar todas as feiras, restaurantes e bares que não visito durante a semana porque preciso acordar cedo no outro dia. Hora de colocar em prática as ideias malucas de customização de roupas e sapatos, a arrumação do guarda roupas, ir na costureira mandar fazer aquele vestido retrô, sair para passear com o cabelo preso, chinelo e óculos escuro. Hora de relaxar. Hora de fazer o balanço e traçar metas. Hora de melhorar o que foi bom e mais ainda aquilo que foi ruim. Hora de ficar sem fazer nada. Hora de esquecer os problemas.
Acho que todos se sentem um pouco assim no final de ano, mas encerrar um período letivo é mais simbólico, e um período letivo de engenharia eu diria que é como sair de uma guerra, as vezes vitorioso, as vezes perdedor, mas faz parte do jogo.
A preocupação com notas, trabalhos para entregar, provas para fazer, compromissos, aprender aquela matéria feladapo**....ufa! Como é bom ficar mais de 2 meses sem isso, mas lá em Janeiro já estarei sentindo saudades. O ser humano é uma incógnita mesmo, e isso que é legal.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Alguns dias são mais difíceis que os outros

Alguns dias são mais difíceis que os outros. Nesses dias todas as dores e angústias que você carrega dentro do coração parecem pesar mais. Nesses dias a saudade daqueles que já não estão nesse mundo para te fazer companhia,  para dizer que te amam, para te aconselhar e até mesmo para deixar saudade de "faz um dia que não nos vemos"... essa saudade bate, machuca, te faz imaginar como poderia ser diferente ou como seria se a pessoa  estivesse aqui... essa saudade derruba até o ser humano mais forte. Nesses dias respirar deixa de ser natural e passa a ser uma obrigação. Nesses dias a única coisa que você queria é não estar mais aqui ou estar longe, bem longe. Nesses dias nada te anima mas tudo te emociona. A foto no porta retratos da estante da sala, a música que te leva para aquele lugar no passado novamente, os lugares que estivemos juntos. Nesses dias tudo poderia acabar, mas então você recorda os sorrisos e a vontade de viver, a determinação e pensa: "porque não fui eu? porque ele?".
Tenho a impressão que nesse mundo aqueles que mais tem vontade de viver são os que vivem menos, e para aqueles que se arrastam pelos dias, anos, fincam os pés na terra, como se fosse um castigo.
Nesses dias você não entende a vida.
Esses dias passam e próximos dias virão, próximos dias que você não vai lembrar disso, dias que tudo estará em paz.
A vida é feita de dias e dias, é a única certeza que tenho agora.