Ingredientes
- 1 lata de Leite MOÇA® Tradicional
- meio tablete de NESTLÉ CLASSIC® Meio Amargo picado (85G)
- 1 caixinha de Creme de Leite NESTLÉ® - Caixinha
Tive que parar para escrever, algo assim não surge com muita freqüência.
Ouvindo a rádio (sim, sou daquelas que adora ouvir rádio, para mim não existe sensação melhor do que a surpresa daquela música que você ama e não ouve há tempos, tocada muitas vezes sem aviso prévio, não gosto de coisas previsíveis, adoro o inesperado, e também gosto de rádios por estar a todo o momento conhecendo novas músicas, novas sensações, não troco por nada estar dirigindo e ouvindo rádio, é meu momento de relaxar entre as idas e vindas da correria do dia). Bem, voltando ao princípio, me deparei com uma dessas músicas que uns anos atrás ouvi junto com uma pessoa que foi muito especial e continua sendo meu amigo, apesar da nossa distância, a música é In between days,do The Cure. Amo músicas, elas me elevam, me lembram momentos, pessoas, sensações, se quero guardar algo para sempre na memória (tanto algo bom como ruim) é só associar com alguma música. Voltando ao assunto inicial, me deparei, ouvindo essa música, com um questionamento que até então me parecia novo, algo que, talvez apenas a experiência e a vivência podem trazer: E se eu tivesse tomado decisões diferentes? E se ao invés de ter namorado aquele, tivesse ficado sozinha ou então nem namorado? E se eu não tivesse falado aquela palavra em um momento de calor? E se eu tivesse anotado o número daquela pessoa? E se eu tivesse escolhido ir a outro bar naquela noite? E se eu tivesse escolhido outro curso? E se? E se? E se eu? (...)
Tudo poderia ser completamente diferente do que foi, do que é e do que será. Para a melhor? Para a pior? Isso não se sabe dizer (...)
Talvez a grande dúvida seja justamente se existe destino ou se existe escolhas, ou se é um complexo de destino/escolhas. Talvez não seja nada disso, nem nada daquilo.
Essa é mais uma das grandes dúvidas que irão ficar sem resposta.
Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida. É um assunto para o qual não há dona de álbum de pensamentos que não tenha uma resposta pronta: A felicidade não existe. Existem momentos felizes. Essa é uma verdade chocantemente inócua, pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes.
Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar de que vivemos em uma sociedade excessivamente consumista, sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar. Assim é o capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis. O que é bom para mim tem de ser bom para todos. Isso tem o nome de ideologia, palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando. Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Erigir o consumo de bens materiais (principalmente) como o bem supremo de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade.
Para Diógenes, filósofo contemporâneo de Aristóteles, a felicidade, a verdadeira realização de uma vida, consistia em alcançar o autodomínio e a liberdade espiritual. E Diógenes viveu o que pensou. Para tanto, vivia em um barril, desprezava a opinião do mundo e os bens materiais.
Conta-se que Diógenes saía à rua em pleno sol com uma lanterna na mão. Indagado sobre o que fazia, costumava responder que estava à procura de um homem, mas de um homem de verdade.
Mas eis que aparece Schopenhauer, aquele mesmo, o inimigo do Hegel, e desenvolve seu sistema filosófico quase todo sob a convicção de que o ser humano só pode ser infeliz. É o filósofo do pessimismo. Às vezes sinto-me tentado a pensar que o Schopenhauer, lá do século XIX, já vislumbrava nossa época, a sociedade do consumismo desenfreado. Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo. E que desejamos aquilo que não temos. Portanto, somos infelizes. E se o desejo é satisfeito com a obtenção de seu objeto, novos objetos surgem em seu caminho. Esta insaciabilidade do ser humano é que o vai manter preso à infelicidade.
Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia, que mal tangencio como curioso, vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro, para quem pensar é estar doente.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/felicidade-suprema/
Divagações da blogueira: Todos os dias tento me desapegar do que é material, mas muitas vezes cometo meus erros, compro por agústia, sem pensar, trabalho para comprar alguns itens, mas perto de grande parte das minhas amigas e amigos, sou a menos apegada ao material. Vivo perfeitamente bem sem ter aquele carrão da moda, ou sem aquele kit de maquiagem de 1000,00, sem aquele sapato dos solados vermelhos que eu teria que trabalhar um ano todo para ter um (...) Vivo bem com as pequenas coisas que conquisto, um brinco, um sapato, um vestido (...) OK! Isso é consumismo, mas creio que é a forma menos prejudicial dele, onde eu compro não para poder ser feliz, mas apenas para completar a felicidade de participar de uma festa, de um jantar ...
Tenho pena de quem desperdiça sua vida fora trabalhando horrores ou se atolando em dívidas para se sentir bem.
Não sou dependente desse mal, e não quero passar minha vida dependendo dele, apenas quero realizar alguns objetivos, mas nada que necessite de parcelas no cartão de crédito.
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
E o mundo não se acabou.
O crepúsculo do macho-jurubeba, inimigo público declarado dos novos costumes metrossexuais, foi adiado mais uma vez.
O responsável pela façanha foi, para variar, o velho Clint, Clint Eastwood, 80, que na semana passada vetou o uso de photoshop na capa da reviste “M”, do jornal francês “Le Monde”.
Só o Peréio e o Clint salvam.
Homem que é homem não pode se envergonhar das rugas que fizeram residência nos seus rostos.
Outro que também se revelou adepto do jurubebismo, para nossa surpresa, foi o físico britânico Stephen Hawking, que completou ontem 70 anos.
Com dois casamentos e três filhos, revelou que pensa mais nas mulheres do que nos mistérios do buraco negro e outros enigmas do cosmo. Bravíssimo.
Além do Clint, do Peréio e agora do Hawking, especula-se sobre a existência de uma meia dúzia do gênero no Brasil.
No Crato, por exemplo, existiriam dois, ali na subida da serra a caminho do Exú.
Há quem diga ter visto outro na Mooca, SP. Um quarto teria catalogado na Bomba do Hemetério, no Recife.
Você conhece algum?
Ajude-nos a localizá-lo. Campanha de utilidade pública para salvar estes seres da extinção.
Falo do macho roots, conservado em barris de carvalho, o homem ainda com todos os seus defeitos de fábrica, todos os componentes em ordem.
É, ainda há esperança, velho Clint. Os machos ainda não dançaram de vez, como dizia o título daquele romance de mr. Norman Mailer.
http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/arch2012-01-08_2012-01-14.html#2012_01-09_15_45_31-161644940-0