Até tentei seguir esse padrão, tentei em várias ocasiões usar saltos, tenho alguns pares que comprei e nunca usei, simplesmente não me sinto confortável.
Essa minha mania de manter sempre os pés no chão...
Quando falo para as outras mulheres que não gosto de salto, vejo olhares de espanto sendo lançados contra mim. Como se andar de salto fosse regra, fosse obrigação de uma mulher.
Todas essas desculpinhas de que o salto levanta a bunda, deixa a postura mais bonita, deixa o visual mais chique.... todas essas conversinhas não foram o suficiente para me convencer de usar o bendito salto. Não quero levantar minha bunda, não quero machucar meus pés, não quero me privar de dançar, pular, andar confortavelmente por conta de um SAPATO.
Adoro sapato, mas comprar sapato se tornou um ritual, prefiro analisar se realmente vou usar aquilo. Não nego que temos sapatos maravilhosos com super saltos, mas eu me pergunto: para que?
Não me sinto mais mulher, não me sinto poderosa, e dispenso sempre que posso. Sou adepta das lindas sapatilhas (e cada vez mais temos modelos maravilhosos delas no mercado), sou adepta do tênis, sou adepta do conforto. E quando não posso me livrar do salto, uso os saltos da marca Moleca, que de tão confortáveis nem sinto que estou alguns centímetros mais alta.
Sou contra padrões, odeio que me digam que tenho que usar isso ou aquilo, não julgo você que ama salto, mas use porque você realmente gosta e não porque te fizeram acreditar de que aquilo é o melhor para você.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
A gente se acostuma...
Excelente reflexão sobre nossa maravilhosa, porém triste, vida moderna...
Eu sei, mas não devia" de Marina Colasanti recitado por Antônio Abujamra no Provocações:
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Não sei, não quero aprender
Tenho vivido uma fase de revolta. Não comigo, mas sim com os outros. Não todos, apenas alguns. Aqueles "alguns" que querem um barranco para se encostar.
Me refiro a faculdade, mas isso ocorre no trabalho e porque não na vida. Todos querem seu diploma, seu salário no final do mês, mas uma parte dessas pessoas, além de querer isso, querem alguém que faça o trabalho por eles.
Usando da justificativa "não sei fazer", simplesmente não fazem, e querem que você faça por eles. Quando seu rabo não está a prova, tudo bem, mas infelizmente, seu rabinho inteligente está a prova, e lá vai você ter que fazer o trabalho que os outros deveriam ter feito.
É palhaçada, é brincadeira, fazem e não tem vergonha de fazer!
Não saber não é justificativa, odeio me amparar nesse argumento, me sinto impotente, ignorante e burra. Tudo que quero eu posso aprender, se eu posso aprender, porque eles não?
Abram os olhos, hoje alguém faz a sua parte, mas e amanhã, quando não tiver ninguém para fazer?? Vai dar jeitinho??
Desabafo.
Me refiro a faculdade, mas isso ocorre no trabalho e porque não na vida. Todos querem seu diploma, seu salário no final do mês, mas uma parte dessas pessoas, além de querer isso, querem alguém que faça o trabalho por eles.
Usando da justificativa "não sei fazer", simplesmente não fazem, e querem que você faça por eles. Quando seu rabo não está a prova, tudo bem, mas infelizmente, seu rabinho inteligente está a prova, e lá vai você ter que fazer o trabalho que os outros deveriam ter feito.
É palhaçada, é brincadeira, fazem e não tem vergonha de fazer!
Não saber não é justificativa, odeio me amparar nesse argumento, me sinto impotente, ignorante e burra. Tudo que quero eu posso aprender, se eu posso aprender, porque eles não?
Abram os olhos, hoje alguém faz a sua parte, mas e amanhã, quando não tiver ninguém para fazer?? Vai dar jeitinho??
Desabafo.
Sexta Feira, libertadora de paradigmas
"a alegria de sexta. é uma alegria simples e que te deixa tão bem. sexta feira não te dá dinheiro, não paga suas dívidas, não limpa sua casa, mas ela te proporciona a melhor das sensações, poder dormir a hora que quiser e acordar no dia seguinte sem o maldito relógio. beijo sexta, você é linda, mas depois das 18hs vc é maravilhosa."
Denise Lopes, via facebook.
Denise Lopes, via facebook.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Dúvidas
O ser humano é falso e egoísta por natureza. O ser humano é capaz de mentir e persuadir, apenas para conquistar o seu objetivo. O grande problema é quando isso envolve sentimentos, e porque não, uma vida.
Já sofri com falsidade e mentira, já fui enganada, já acreditei e me senti uma idiota depois que descobri que fui enganada... Hoje tenho dificuldade em acreditar novamente nas pessoas. Penso, penso demais. Me arrepia a ideia de passar anos ao lado de alguém e depois descobrir que fui enganada. Em outros tempos, a vida me dava sinais de que algo estava errado, mas eu era cega, e hoje tenho medo de enxergar sinais onde não existe nada.
Várias músicas e vários poemas entoam que o passado já passou, e que deve ficar para trás, até pode ser, mas como diria o velho ditado: "Cachorro que foi mordido por cobra, tem medo até de linguiça."
É uma pena. É uma pena pessoas legais pagarem por pessoas mau caráter.
Estou confusa. Posso estar colocando os pés pelas mãos. Jogando minha felicidade pela janela. Quem vai pagar pelo preço da dúvida?
Deixo como reflexão a música dos engenheiros do Hawaii: Infinita highway.
Várias músicas e vários poemas entoam que o passado já passou, e que deve ficar para trás, até pode ser, mas como diria o velho ditado: "Cachorro que foi mordido por cobra, tem medo até de linguiça."
É uma pena. É uma pena pessoas legais pagarem por pessoas mau caráter.
Estou confusa. Posso estar colocando os pés pelas mãos. Jogando minha felicidade pela janela. Quem vai pagar pelo preço da dúvida?
Deixo como reflexão a música dos engenheiros do Hawaii: Infinita highway.
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